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domingo, 25 de abril de 2010

Brasil: relevo e hidrografia.

Estrutura Geológica e Relevo

Estrutura geológica é a base de um território, corresponde à sua composição rochosa. Já o relevo é a forma apresentada pelo território: planaltos, planícies e depressões.
O território brasileiro é parte integrante da placa sul-americana, localizando-se no centro da placa, impossibilitando assim grandes terremotos e a incidência de vulcanismos. Isso implica na ocorrência, no Brasil, de dois dos três principais tipos de estruturas geológicas existentes.

Bacias sedimentares
As rochas sedimentares são formadas de detritos dos mais variados tipos de rochas, submetidas ao intemperismo. Esses detritos transportados pela água, vento ou gelo, depositam-se em grandes depressões, formando as bacias sedimentares.
Durante a era Mesozóica, durante a formação da bacia sedimentar do Paraná, ocorreu intensa atividade vulcânica no território brasileiro. A partir desses dos derramamentos de petróleo formaram-se as rochas basálticas, cuja decomposição originou-se a terra roxa (solo extremamente fértil), determinando a futura vocação agropecuária do oeste do Estado de São Paulo e do norte do Paraná.
Na bacia sedimentar do Paraná destaca-se também pela existência de um imenso depósito de água potável, o Aqüífero Guarani, um lençol freático de uma área total de 1.200.000 km2, estendendo-se pelas terras brasileiras, além de outros três países vizinhos.

Escudos Crsitalinos
Essa formação geológica corresponde a 36% do território brasileiro. São áreas ricas em ocorrência de minerais de grande valor comercial, podendo, esses metais, serem metálicos (ferroe bauxita) e não-metálicos (granito e pedras preciosas).
É grande a abundância de minerais metálicos no território brasileiro, onde os mais destacados são:
 O ferro, explorado principalmente no quadrilátero ferrífero (MG) e na Serra dos Carajás (PA).
 O manganês, onde as principais jazidas são em Urucum (MS) e na Serra do Navio (AP).
 A bauxita, explorada no vale do rio Trombetas (PA),e a cassiterita (RO e MG)

O Brasil também aparece com o nono produtor mundial de ouro, encontrado principalmente em Minas Gerais e explorado (principalmente em minas clandestinas) no Pará.

Hidrografia brasileira
O Brasil é dotado de uma vasta e densa rede hidrográfica, sendo que muitos de seus rios destacam-se pela extensão, largura e profundidade. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Quanto à navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil não regularizado, ficam um tanto prejudicados. Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto.

Bacia Amzônica

Sua área de drenagem total, superior a 6 milhões de km2, dos quais 3,9 milhões no Brasil, representa a maior bacia hidrográfica mundial. O restante de sua área dividi-se entre o Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana e Venezuela. O volume de água do rio Amazonas é extremamente elevado, descarregando no Oceano Atlântico aproximadamente 20% do total que chega aos oceanos em todo o planeta. Sua vazão é superior a soma das vazões dos seis próximos maiores rios, sendo mais de quatro vezes maior que o rio Congo, o segundo maior em volume, e dez vezes o rio Mississipi. Por exemplo, em Óbidos, distante 960 km da foz do rio Amazonas, tem-se uma vazão média anual da ordem de 180.000 m3/s. Tal volume d'água é o resultado do clima tropical úmido característico da bacia, que alimenta a maior floresta tropical do mundo. Na Amazônia os canais mais difusos e de maior penetrabilidade são utilizados tradicionalmente como hidrovias. Navios oceânicos de grande porte podem navegar até Manaus, capital do estado do Amazonas, enquanto embarcações menores, de até 6 metros de calado, podem alcançar a cidade de Iquitos, no Peru, distante 3.700 km da sua foz. O rio Amazonas se apresenta como um rio de planície, possuindo baixa declividade. Sua largura média é de 4 a 5 km, chegando em alguns trechos a mais de 50 km. Por ser atravessado pela linha do Equador, esse rio apresenta afluentes nos dois hemisférios do planeta. Entre seus principais afluentes, destacam-se os rios Iça, Japurá, Negro e Trombetas, na margem esquerda, e os rios Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu, na margem direita.
Bacia do rio São Francisco
A bacia do rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, e atravessa os estados da 88Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O rio São Francisco possui uma área de drenagem superior a 630.000 km2 e uma extensão de 3.160 km, tendo como principais afluentes os rios Paracatu, Carinhanha e Grande, pela margem esquerda, e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande, pela margem direita. De grande importância política, econômica e social, principalmente para a região nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em Minas Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso, em função da construção de hidrelétricas com grandes lagos e eclusas, como é o caso de Sobradinho e Itaparica.
Bacia Platina
A bacia platina, ou do rio da Prata, é constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão, sendo o segundo em comprimento da América do Sul. É formado pela junção dos rios Grande e Paranaíba. Possui como principais tributários os rios Paraguai, Tietê, Paranapanema e Iguaçu. Representa trecho da fronteira entre Brasil e Paraguai, onde foi implantado o aproveitamento hidrelétrico binacional de Itaipu, com 12.700 MW, maior usina hidrelétrica em operação do mundo. Posteriormente, faz fronteira entre o Paraguai e a Argentina. Em função das suas diversas quedas, o rio Paraná somente possui navegação de porte até a cidade argentina de Rosário. O rio Paraguai, por sua vez, possui um comprimento total de 2.550 km, ao longo dos territórios brasileiro e paraguaio e tem como principais afluentes os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Nasce próximo à cidade de Diamantino, no estado de Mato Grosso, e drena áreas de importância como o Pantanal mato-grossense. No seu trecho de jusante banha a cidade de Assunción, capital do Paraguai, e forma a fronteira entre este país e a Argentina, até desembocar no rio Paraná, ao norte da cidade de Corrientes.
O rio Uruguai, por fim, possui uma extensão da ordem de 1.600 km, drenando uma área em torno de 307.000 km2. Possui dois principais formadores, os rios Pelotas e Canoas, nascendo a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlântico. Fazem parte da sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.

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