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domingo, 28 de março de 2010

Posição Geográfica do Brasil.

O Território brasileiro é o quinto maior em extensão do mundo, com uma área de 8.514.215 km2. A posição geográfica do Brasil define-o como um país ocidental, na porção centro-oriental da América do Sul.

Latitude:

As latitudes explicitam os pontos em graus de um determinado lugar ao longo da superfície terrestre, tomando como referência a Linha do Equador no sentido norte e sul. Os extremos no sentido norte – sul apresentam 4.394,7 Km de distância e são representados pelo:

• Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”;
• Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03”.

A grande distância entre os pontos extremos norte e sul, dão a idéia da grande extensão do território brasileiro (o Brasil é conhecido como “país continental”), pois enquanto o extremo norte é cortado pela linha do Equador, o extremo sul é cortado pelo Trópico de Capricórnio. Essa grande variação da latitude, altera a obliqüidade (inclinação dos raios solares que incidem sobre o território); assim, enquanto grande parte do país registra temperaturas elevados o ano inteiro, o extremo sul tem temperaturas médias anuais mais baixas e maior amplitude térmica anual. Essa variedade de climas favorece uma ampla diversidade de paisagens vegetais no território brasileiro.

Longitude:

As longitudes mostram a posição em graus de um determinado ponto da Terra que tem como referência principal o Meridiano de Greenwich no sentido leste ou oeste. No sentido leste – oeste, o Brasil apresenta 4.319,4 Km de distância, os extremos são:

• Serra Contamana, onde está localizada a nascente do rio Moa (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”;
• Ponta do Seixas (PB), a leste, com longitude 34°47’30”.

A grande extensão lesto-oeste do território brasileiro é responsável pela existência de 4 fusos horários no Brasil. Três desses fusos atravessam o território, e um engloba as várias ilhas atlânticas que também fazem parte do território. Contudo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, a lei que reduz de quatro para três o número de fusos horários usados no Brasil. Assim, os 22 municípios do Acre ficarão com diferença de uma hora em relação a Brasília --hoje são duas horas a menos. Municípios da parte oeste do Amazonas, na divisa com o Acre, sofrerão a mesma mudança, o que igualará o fuso dos Estados do Acre e do Amazonas.
A mudança na lei também fará com que o Pará, que atualmente tem dois fusos horários, passe a ter apenas um. Os relógios da parte oeste do Estado serão adiantados em mais uma hora, fazendo com que todo o Pará fique com o mesmo horário de Brasília.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A alegoria da caverna - República, VII (514a-517d)

SÓCRATES: Agora, imagina a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagina, pois, homens que vivem em uma espécie de morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz, em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagina que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.
GLAUCO: Entendo.
SÓCRATES: Então, ao longo desse pequeno muro, imagina homens que carregam todo tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro, estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material.
Provavelmente, entre os carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam.
GLAUCO: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
SÓCRATES:: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, pensas que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos, que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?
GLAUCO: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?
SÓCRATES: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
GLAUCO: É claro.
SÓCRATES: Então, se eles pudessem conversar, não achas que, nomeando as sombras que vêem, pensariam nomear seres reais?
GLAUCO: Evidentemente.
SÓCRATES: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não achas que eles tomariam essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?
GLAUCO: Sim, por Zeus.
SÓCRATES: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
GLAUCO: Não poderia ser de outra forma.
SÓCRATES: Vê agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas corrente e curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer Se um desses homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar cabeça, a andar, a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o faria sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras, anteriormente. Na tua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que ele está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o, com perguntas, a dizer o que são? Não pensas que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
GLAUCO: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
SÓCRATES: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não pensas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?
GLAUCO: Sem dúvida alguma.
SÓCRATES: E se o tirassem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do Sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros.
GLAUCO: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
SÓCRATES: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidas na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da Lua, mais facilmente que durante o dia para o Sol e para a luz do Sol.
GLAUCO: Sem dúvida.
SÓCRATES: Finalmente, ele poderá contemplar o Sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio Sol, no lugar do Sol, o Sol tal como ele é.
GLAUCO: Certamente.
SÓCRATES: Depois disso, ele poderá raciocinar a respeito do Sol, concluir que é ele que produz as estações e os anos, que ele governa tudo no mundo visível, e que ele é, de algum modo, a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
SÓCRATES: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se possuía e de seus antigos companheiros, não achas que ele ficaria feliz com a mudança e teria pena deles?
GLAUCO: Claro que sim.
SÓCRATES: Quanto às honras e aos louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjecturar a que viria depois, achas que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria, antes, como o herói de Homem, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?
GLAUCO: Concordo contigo. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.
SÓCRATES: Reflete ainda nisto: supõe que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do Sol?
GLAUCO: Naturalmente.
SÓCRATES: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, quando seus olhos não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, acreditas que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?
GLAUCO: Sem dúvida alguma, eles o matariam.
SÓCRATES: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do Sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece, tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a idéia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se sequer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.
GLAUCO: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.

(In Abel Jeannière. Platão. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1995.)

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Fábula da águia e da galinha

Certa vez, um camponês encontrou no campo um filhote de águia bastante enfraquecido, tomou em suas mãos, levou-o para casa, e apos tê-lo recuperado, o colocou para viver junto com as galinhas em seu terreiro. Ali cresceu.
Um dia, passando por ali um sábio, ao ver a ave, indagou:
- Esta aí junto com as galinhas é uma águia, não é?
- Era, - disse o camponês. Mas ela virou galinha. Nunca voou e também não voará porque virou galinha!
- Mas ela tem dentro de si a capacidade de voar, disse o sábio.
- Não voará - retrucou o camponês, - ela virou galinha!
- Vamos então fazer aprova.
Tomaram a águia nos braços e foram para o alto de um penhasco para tirar a dúvida. O sábio tomou a ave, mostrou-lhe a direção do sol e a lançou para o alto.
De inicio a águia começou a cair como se fosse arrebentar-se no desfiladeiro, mas aos poucos começou a mover as asas e a equilibrar-se um tanto desajeitada, e começou a subir como se quisesse beijar o sol.
Disse então o sábio: Uma águia jamais poderá ser transformada em galinha. Mesmo que permaneça no chão por muito tempo, ela manterá dentro de si o poder de voar, basta apenas que descubra e desperte para isso”.

domingo, 7 de março de 2010

A transformação do mercado de trabalho.

Vitor A. Schutz
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o aumento da competitividade obrigou o capitalismo a passar por uma rápida reorganização, que influenciou diretamente na forma de produzir e realizar negócios. Alianças, pactos e, futuramente, blocos econômicos davam os tons das mudanças no panorama econômico.

O trabalho braçal nas fábricas começava a ser substituído por um crescente investimento em tecnologia. Esse afastamento do homem, em relação ao trabalho braçal, fez com que crescesse um setor de serviços conhecido com terciário. Novas relações sociais agora substituíam as antigas relações e formas de empregos. Essa mudança de paradigmas criou a oportunidade de novas profissões. O setor da informática criou nos últimos anos cerca várias novas atividades (programadores, analistas, técnicos, web designers, etc).

Contudo, outros setores tiveram suas representatividades mudadas por completo. Cursos de capacitação e qualificação surgiram em várias áreas, dando estabilidade e novas amplitudes para setores emergentes, que antes eram vistos como secundários, ou mesmo, como antagonista dentro do panorama econômico. O turismo, por exemplo, era considerado de pouca importância como gerador de riquezas, mas hoje, é um dos setores que mais crescem em âmbito mundial. A biotecnologia revolucionou todas as atividades ligadas a ela; a psicologia vem se especializando cada vez mais no que diz respeito às relações trabalhistas.

Todas essas mudanças no mercado de trabalho mudaram também a vida do trabalhador. Locais e horários de trabalhos variados e flexíveis (Home Office), leis trabalhistas, maior e importância na formação e conhecimento dos candidatos a cargos e vagas em empresas, além da capacidade de se adaptar a situações para manter-se empregado.

Entretanto, esse surgimento acelerado de novas vagas no mercado de trabalho, não consegue suprir a quantidade de empregos extintos com as alterações no setor secundário. Nessa batalha campal entre o surgimento de novas atividades e o desaparecimento de outras, a os defensores das transformações, que afirmam que o desemprego não será problema, graças às inovações tecnológicas, que constroem novos ramos e atividades. Já, os críticos veem na exclusão do povo, do mercado de trabalho, o grande fator de desestabilidade social. A única certeza que fica, é que o desemprego será um dos grandes desafios do século XXI.

terça-feira, 2 de março de 2010

Escala Richter

Efeitos do terremoto na escala Richter

Menos de 3,5 Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado

3,5 a 5,4 Freqüentemente não se sente, mas pode causar pequenos danos

5,5 a 6,0 Ocasiona pequenos danos em edificações

6,1 a 6,9 Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas

7,0 a 7,9 Terremoto de grande proporção, causa danos graves

de 8 graus ou mais Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida e em comunidades próximas