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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A RELAÇÃO ENTRE O SETOR ENERGÉTICO E O INDUSTRIAL NO BRASIL.

No Brasil, cerca de 85% da energia elétrica consumida é obtida através do aproveitamento da força hidráulica (energia hidrelétrica). A possibilidade de captação dessa energia é abundante graças à densa rede hidrográfica brasileira, composta principalmente por rios de planaltos extensos e caudalosos.

Entretanto, em 2001, o país enfrentou um racionamento energético, causado, principalmente, pela redução no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas; além disso, a falta de investimentos em geração e transmissão de energia, aliada com a incapacidade do governo brasileiro em realizar novos investimentos. Essa não possibilidade de novos investimentos explica-se na privatização de Estatais do setor, já defasadas, que encontravam o desinteresse dos compradores em realizar essas inovações tão necessárias. Após o caso da crise energética, foi imposta aos consumidores de algumas regiões a redução de cerca de 20% o consumo de energia, afetando o crescimento econômico do Brasil. A partir desse episódio, o país tem investido em novas formas de produção energética, como as termonucleares, o álcool, o petróleo e o carvão.

Termonucleares:

Atualmente, mesmo tendo um custo muito elevado, a produção de energia nuclear no Brasil corresponde a cerca de apenas 3% do total produzido. As usinas nucleares brasileiras atendem parcialmente a necessidade energética do Estado do Rio de Janeiro. A primeira usina construída foi inaugurada em 1982. Angra 1 foi construída no litoral do Rio de Janeiro. Após gastos da ordem de 10 bilhões de dólares, em 2002 começou a funcionar a usina de Angra 2.

Apesar de custosa e perigosa (vale lembrar o episódio ocorrido com o Césio 137, que foi encontrado num terreno baldio), essa energia é utilizada, também, com fins medicinais, contudo a fiscalização é deficiente.

Proálcool:

O Programa Nacional do Álcool (Proálcool) basea-se em incentivos fiscais, subsídios aos produtores de álcool e empresas automobilísticas. Apesar das críticas (não substitui o petróleo, elevado custo de produção, gera queimadas, desgasta o solo, diminuição na produção de alimentos e a utilização da mão de obras conhecida como “bóias frias”), esse combustível apresenta-se como uma fonte de energia renovável e menos poluidora em relação com a gasolina. Ainda, no Brasil, houve o desenvolvimento de uma tecnologia totalmente nacional na produção de motores que possam utilizar esse combustível.

Petróleo:

A produção e exploração do petróleo no Brasil tornou-se expressiva após os anos de 1970. Através das novas descobertas de jazidas petrolíferas, como o pré-sal, o Brasil vem alcançando a autonomia (em 2003 importou apenas de 10% do petróleo consumido); além disso, há a exploração de novas jazidas e a importação de gás natural vindo da Bolívia, assim diversificando a matriz energética do país.

Carvão mineral:

A deficiência encontrada na exploração do carvão no Brasil, tanto na quantidade, como na qualidade, força a importação de cerca de 50% do carvão consumido no país. Apenas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a extração é viável economicamente. O carvão extraído em Santa Catarina é de melhor qualidade, mais fácil extração e é destinada à indústria siderúrgica, pois é possível de ser transformado em um carvão de alto teor calorífero, matéria prima necessária à produção de aço (carvão coqueificável: coque).