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domingo, 7 de março de 2010

A transformação do mercado de trabalho.

Vitor A. Schutz
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o aumento da competitividade obrigou o capitalismo a passar por uma rápida reorganização, que influenciou diretamente na forma de produzir e realizar negócios. Alianças, pactos e, futuramente, blocos econômicos davam os tons das mudanças no panorama econômico.

O trabalho braçal nas fábricas começava a ser substituído por um crescente investimento em tecnologia. Esse afastamento do homem, em relação ao trabalho braçal, fez com que crescesse um setor de serviços conhecido com terciário. Novas relações sociais agora substituíam as antigas relações e formas de empregos. Essa mudança de paradigmas criou a oportunidade de novas profissões. O setor da informática criou nos últimos anos cerca várias novas atividades (programadores, analistas, técnicos, web designers, etc).

Contudo, outros setores tiveram suas representatividades mudadas por completo. Cursos de capacitação e qualificação surgiram em várias áreas, dando estabilidade e novas amplitudes para setores emergentes, que antes eram vistos como secundários, ou mesmo, como antagonista dentro do panorama econômico. O turismo, por exemplo, era considerado de pouca importância como gerador de riquezas, mas hoje, é um dos setores que mais crescem em âmbito mundial. A biotecnologia revolucionou todas as atividades ligadas a ela; a psicologia vem se especializando cada vez mais no que diz respeito às relações trabalhistas.

Todas essas mudanças no mercado de trabalho mudaram também a vida do trabalhador. Locais e horários de trabalhos variados e flexíveis (Home Office), leis trabalhistas, maior e importância na formação e conhecimento dos candidatos a cargos e vagas em empresas, além da capacidade de se adaptar a situações para manter-se empregado.

Entretanto, esse surgimento acelerado de novas vagas no mercado de trabalho, não consegue suprir a quantidade de empregos extintos com as alterações no setor secundário. Nessa batalha campal entre o surgimento de novas atividades e o desaparecimento de outras, a os defensores das transformações, que afirmam que o desemprego não será problema, graças às inovações tecnológicas, que constroem novos ramos e atividades. Já, os críticos veem na exclusão do povo, do mercado de trabalho, o grande fator de desestabilidade social. A única certeza que fica, é que o desemprego será um dos grandes desafios do século XXI.

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